Siga no twitter e instagram @ABPoeta
É promoção, estão vendendo
olha a feira militar
quem quiser, tá baratinho
qualquer um pode comprar
tem general de quatro estrelas
de bacia, é pra acabar
oficiais e graduados
a fanfarra vai passar
E são tão obedientes
seguem o que o boçal falar
o que interessa é o dinheiro
o Brasil pode afundar
eu quero jurupinga
pinga
pinga
e não acaba
melhor uma goteira que embriaga
do que um rio que me faz chorar
juro vou na ginga
no bloco a cantar
que eu quero que essa pinga
nunca pare de gotejar
eu quero jurupinga...
(repete até cair...)
Ela jogou a rede
No rio em Jaú
Pra pegar um Namorado
E pegou um torneado
Mas deu sorte de azarado
Ele só quer pirarucu
Ele quer pirarucu
Ele quer pirarucu
Namorado torneado
Que sorte de azarado
Ele só quer pirarucu
Olha aqui minha colega
Eu sou todo torneado
Mas não sou o Namorado
Vamos pescar juntos
Nesse rio de Jaú
Quem sabe arrumamos
Um bom pacu, pacu, pacu
Ele quer pirarucu
Ele quer pirarucu
Namorado torneado
Que sorte de azarado
Ele só quer pirarucu
Quem foi o doido
Sem eira nem beira
O padre quer saber
Quem comeu o cu da freira
Seu herege
Isso não valeu
Já vou lhe dizendo
Esse pecado é só meu
Quem foi o doido
Sem eira nem beira
O Padre quer saber
Quem comeu o cu da freira
Padre, não diga isso não
Se o pecado é perdoado
Divide ele com os irmãos
Depois rezamos
novena ou dezena
E iremos para o céu
Eu, você e a tal freira
Quem foi o doido
Sem eira nem beira
O padre quer saber
Quem comeu o cu da freira
Aaaaai eu tô passando mal
Comi um coração
No churras de carnaval
Tira o frango
Para de preguiça
Vira a chuleta
Que eu vô botá a lingüiça
Aaaaai eu tô passando mal
Comi um coração
No churras de carnaval
Gela a breja
Prepara a farinha
Pega o pilão
Pra socar na caipirinha
Aaaaai eu tô passando mal
Comi um coração
No churras de carnaval...
Pode chover
Pode chover agora
Pode chover que a alegria não vai embora
Pode chover que eu vou até o amanhecer
Eu vou é comemorar
E não quero nem saber!
Foi mais um
Foi mais um ano que se foi
E se eu só tenho o agora
Não vou deixar para depois
Abre mais uma
Abre duas
Abre três
Que o ano está acabando
Vamos tomar de uma vez!
Primeira bateria
Vira, vira, vira
Vira, vira, vira, virou...
Feliz ano novo a todos!
Voltando do açougue
Cai da bicicleta
Um cachorro magro
Comeu toda bisteca
Que azar que eu dei
Em frente da estação
A bisteca que eu comprei
Quem comeu foi outro cão!
Voltando do açougue...
Mais um carnaval vem aí. A grande “festa da carne”, em todos os sentidos, e sentidos, sempre vem embalada com muita “música”... Ou melhor, ritmos brasileiros. E é sempre assim: muito axé music, pagodinho, funk, variações indefinidas dentro dessas definições, e, para salvar a pátria, sambas enredos clássicos e, de maneira bem modesta, as marchinhas de carnaval, que sacodem os corpos surrados de meia dúzia de foliões guerreiros (bebássos) que resistem e insistem em pular manhã a dentro. E, sabe como é, marchinha de carnaval tocou todo mundo canta! É espantoso que músicas que não tocam em canto nenhum estejam na cabeça de todos; é inato, ou melhor, é a “música brasileira inata”.
Pensando nisso, de maneira bem pretensiosa, pois mal escrevo, quanto mais componho, mesmo assim, compus algumas marchinhas (bem modestas) para embalar os foliões dos próximos carnavais... E quem sabe fazer o Arlequim parar de chorar pela Colombina e não ficar pagando mico no meio da multidão.
O bombardeio de Nero a Roma
Letra: André Al
Nero correu correu
Chegou em casa, se cansou
Deitou na sua cama
Um baseado acendeu
E Roma incendiou
e e e e taca fogo Nero que eu quero vê e e
e e e e fogo na bomba Nero que eu quero vê
Corre corre, gritaria
Que tremenda confusão
Na hora da orgia
Pintou o camburão
Semente já na mente
Não deu de vacilão
Como Pôncio Pilatos, lavou as suas mãos
e e e e taca fogo Nero que eu quero vê e e
e e e e fogo na bomba Nero que eu quero vê
A piruca do Pedrinho
Letra: André Al
Pedrinho pegou a pururuca
Pôs por cima da piruca
Pedrinho pegou a pururuca
Pôs por cima da piruca
Pernilongo, pardal, piolho e pulga
Paparam parte da pururuca
Puto com aquilo, que decepção
De cara fechada, sem hesitação
De ante da maloca, sem bico de sinuca
Jogou pra pororoca a pururuca
Pedrinho, mas que desatenção
Com a pururuca voou junto a piruca
Careeeeca... Careeeeca... Careeeeca...
Agora é a hora
Letra: André Al
Quem já morreu, já morreu
Não tá aqui, não vem mais
A tristeza faleceu
Quero alegria e paz
O carnaval já chegou
Vem aqui meu amor
Eu quero abraço e calor
Eu quero é mais, quero é mais
Dá-me um beijo na boca
Desesperança de alegria
Pois eu só tenho o “agora”
Vem-me logo e namora
Esqueça o outro rapaz
Não perca tempo pensando
O carnaval tá passando
A vida logo vai embora
E ai não da mais
Quem já morreu já morreu...
E assim vais, em eternos carnavais...
E quantos “ais” se deram felizes, em eternos carnavais...