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Uma letra que fiz com base na melodia de Mr. Crowley, música do Ozzy Osbourne.
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Essa outra escrevi quando completou 80 anos
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Uma mero ânus tatuado
para descer até o chão
Uma lei que ninguém conhece a fundo
para incendiar a discussão
Um cowboy alienado que caiu do cavalo
e melou o “esquemão”
Agora todos sabem que o caipira
mama nas tetas do erário
na verba de saúde e educação
Falta agora a Justiça fazer força
mandar esfíncter a fora essa sujeira
laçar a quadrilha, botar na fogueira
antes da próxima farra de São João
Sérgio Reis tocará o berrante
virá correndo o Batoré
frente à manada ignorante
“heil bozo!”, “glória deus!”, “anauê!”
Invadirão o STF, “viva o golpe!”
que transbordará feito uma fossa
Com força equina, num galope
relincharão “a praça é nossa!”
É promoção, estão vendendo
olha a feira militar
quem quiser, tá baratinho
qualquer um pode comprar
tem general de quatro estrelas
de bacia, é pra acabar
oficiais e graduados
a fanfarra vai passar
E são tão obedientes
seguem o que o boçal falar
o que interessa é o dinheiro
o Brasil pode afundar
O Rock’n’Roll está na veia!
No palco, muitas vertentes musicais
Expressão artística diversificada:
guitarra, sanfona, violinos, metais
No coração do bairro do Bixiga
um dos mais tradicionais
Café Piu-Piu, a sua marca
não saiu (nem sairá) de lá jamais
Clássico atrás de clássico
a plateia sempre clama
por mais um riff, um refrão
que acorde a noite paulistana
Tantos músicos aí tocaram
e muitos outros tocarão
Que suas portas permaneçam abertas
para quem tem a música como paixão
Long live Café Piu-Piu!
eu quero jurupinga
pinga
pinga
e não acaba
melhor uma goteira que embriaga
do que um rio que me faz chorar
juro vou na ginga
no bloco a cantar
que eu quero que essa pinga
nunca pare de gotejar
eu quero jurupinga...
(repete até cair...)
I
nós
no carro
no rádio
Yesterday
de tudo que não falei
o principal ditado:
carinho entre amigos
não é pecado.
lado a lado
bocas juntas
corações
separados
II
nós no carro
afins
no rádio
Let it be
menina que vive à toa
a você faço uma canção
sem tantas coisas boas
mas canto de coração
minhas palavras tolas
rimo-as com precisão
faço acordes na viola
pra essa letra sem refrão
nossa música não entoa
nossas frases não rimarão
a melodia já não soa
e não há mais efusão
nossa dança desentoa
em poucos passos vãos
o compasso só destoa
nessa valsa sem emoção
por isso largo tua mão
no silêncio que ecoa
bem no meio do salão
sem promessa sem festoa
o baile acabou
par já não somos
a luz se apagou
nós dois dançamos
O Santos é meu time
e eu torço com fervor
alvinegra é minha camisa
e eu visto com amor
Santos centenário
sempre joga pra vencer!
Santos sempre Santos
Santos sempre eu ei de ser
O Santos sempre busca a vitória
Na Vila, dentro ou fora, aonde for
O time da virada
nunca tem o que temer!
Santos sempre Santos
Santos sempre eu ei de ser
A torcida se dedica com louvor
canta e empurra o time por amor
O caldeirão da Vila
quando enche é pra ferver!
Santos sempre Santos
Santos sempre eu ei de ser
A arte já faz parte
de sua história
da Vila para o mundo
com suas glórias
Os craques da baixada
quando jogam é pra valer!
Santos sempre Santos
Santos sempre eu ei de ser
Rebeldia Punk
grito suburbano
A cidade não pára
ambiente desumano
Ao que me parece
o pânico prevalece em SP
onde anoitece e aparece
a face de deus na rotina
da pátria amada
do desequilíbrio
Devoro estilhaços calado
o expresso oriente descarrila
Eu ignorado, faminto
um ninguém em chamas
sem medo de morrer, sem valor
Inimigo, homem negro
que bebe demais, sujo
estranho de sangue ruim
um verme, resto de nada
Que tem nojo
que aprendeu a odiar
um homem em fúria
sem nada a perder
pesadelo contra o mal
A noite dome lá fora
amanha será tarde demais
Só a raiva vai nos salvar!
À Betânia
Maria, Maria
o que ela queria
eu já sabia
que era só dinheiro
pra dizer poesia.
A alma fria
não vale um verso
quem diria
de todo universo
logo você
Maria...
Esse é um bregão daqueles.
Sabe amor
Aquela flor
Que te dei
Eu não comprei
E pra te dar
Eu roubei!
Agora pago o preço da desigualdade
Sofrendo esse horror atrás dessas grades
Esperando o dia de te abraçar
E peço encarecido ao doutor Delegado
Que julgue o amor
E não o pecado
Confesso, roubei
Estou apaixonado!
É lá, perto da estação
No sexto andar dum prédio
Na rua do Tédio
Mora Consolação
Menina bonita
Ouro, pele e paixão
Mas por um destino ingrato
Também chora a solidão
Não se fique assim
Porque a vida é mermo ingrata
Quando pensemo que tá farta
Vemô é que farta um montão
A solução, a essa artura
É juntar nossamargura
Solidão mais solidão
Vira um só coração
Então juntemos as mão!
(inspirado nos sambas de Adoniran Barbosa; em suas devidas proporções...)
Um anjo me soprou ao ouvido que o poema Flor do oriente daria música. Fiz essa letra:
Flor do oriente (música)
Quanto tempo ainda tem
Pra que a estrela se apresente
Com a que brilha lá no norte
Já não tive tanta sorte
Mas um vento veio forte
Me afastando do poente
E me levou a um horizonte
Em que tudo é diferente
Lá o Sol nasce sem dor
E brilha intensamente
Numa manhã multicolor
Em meio a tanta gente
Eu enxerguei a minha Flor
Flor do oriente
Num beijo me desoriente
Cala-me todo, sol poente
Noite que vem: suor de água ardente
(o corpo dormente
espera a manhã
para amar novamente)
Mais um samba...
Fiz uma nota em dó
Para expressar o meu amor
Num cavaco empenado
Quanta dor contida
Que a corda vibrou...
Soou desafinado
Eu e meu amigo torto
Seguimos no compasso
Desse samba improvisado
Desesperado
É assim que estou
Atrás de um acorde
Que a acorde
E lhe mostre meu amor
Eu e meu amigo tordo
Estamos cansados
De ser ignorados
Se é assim, eu vou
Seguindo o compasso
Desafinado
No cavaco empenado
E a minha nota dó
Passando por bemol
Vai virar sol