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Quarta-feira, 20 de Julho de 2022
Eu entrego, eu faço
não me nego ao trabalho
desdobro o tempo
desvirtuo o espaço
as “bobagens” da vida
deixo-as de lado
A meta além da meta
me metaresultado
se quiser ter respeito
esse é o preço, meu caro
Workaholic, o ofício na veia
difícil alcançar a chegada
bateu a meta, bateu as botas
a linha final já é a esperada:
caixão sem gaveta, cova apertada
“Um dia a fome será de poesia”
sonham os otimistas em seus cantos
Hoje a fome é a da barriga vazia
o que nos enche de desencanto
Quem sabe quando a sede de justiça
secar de vez nossas gargantas
cobrarmos esse bando de pilantras
pelas ruas, de forma maciça
alguma coisa aconteça…
Mas isso é outro sonho, outra
fantasia. Quem sabe um dia
a gente acorde esse gigante
deitado eternamente em berço esplêndido
Sexta-feira, 20 de Maio de 2022
tempestade em copo d’água
tormenta em corpo mágoa
cada recipiente tem sua borda
em algum momento esgota
cada um sabe a gota
que lhe transborda
A pandemia trará consciência
às pessoas, uma novas atitude
disseram os otimistas
apesar da humana insipiência
O pensamento positivo ilude:
nem acabou a pestilência
e o “novo normal”, pura fantasia
voltou a ser a velha mania
Muita coisa retrocedeu, é vero
voltamos para a estaca zero!
De certo nessa confusão
é que a maioria lavou as mãos
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Sábado, 12 de Março de 2022
heróis e assassinos
assassinos heróis
aproveitadores imundos
a ordem dos tanques
destrói o produto
o trauma não sai da carne
a dor tende a ser extrema
e a poesia na guerra
é ilusão de cinema
o resto é história…
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Terça-feira, 25 de Janeiro de 2022
O palhaço guardou o nariz na gaveta
e espera um dia voltar a usá-la
Uma cambalhota, outra pirueta
seria bom reviver o passado
Mas a gaveta nunca mais se abrirá
triste e perdido ficou o bufão
O nariz vermelho já serviu ao circo
todo o resto foi mera ilusão
Terça-feira, 4 de Janeiro de 2022
a fome de justiça
aguça a sede de vingança
como nenhuma
se alcança
quem agoniza é a esperança
de barriga vazia
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Quinta-feira, 9 de Dezembro de 2021
No capitalismo selvagem
o bode expiatório do Estado
serviu de desculpa ao touro
que com o rabo entre as pernas
saiu de mansinho, evitando latidos
Quem acabou latindo foi o gado
que cego de febre, não viu
comprou gato por lebre
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Terça-feira, 23 de Novembro de 2021
No centro da fome
e do desemprego
o touro dourado
não puxa arado
Esse fica pro povo
que atordoado
enriquece o toureiro
por um mero trocado
E os emolumentos
enchem a bolsa dos donos
e os sorrisos dos tolos
que do touro de ouro
só lhe sobram os excrementos
A crueldade do Estado
na ilegalidade do ambulante
faz desse desempregado
um criminoso constante
Nesse país de desabrigados
e da meritocracia fajuta
tentar sobreviver é um fardo
todo dia uma nova luta
Aqueles que seriam os obrigados
a tornar nossa vida mais justa
são os verdadeiros bandidos
já passou da hora de dar um “basta!”
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Os touros engordam
as vacas emagrecem
o pasto mal dividido
desiquilibra os dividendos
e quem tange a boiada
nem liga pro contraste
e o desastre vira ensejo:
o touro foi ao varejo
a vaca foi pro brejo
Terça-feira, 16 de Novembro de 2021
Aos montes na cidade
cabanas, abrigos, barracos
um campo de refugiados?
Não, é o largo da matriz
Nessa coletividade
toda sorte de azarados
o brasileiro é um exilado
em seu próprio país
Quinta-feira, 4 de Novembro de 2021
mais um sujeito
sem leito
que à rua se sujeita
e se ajeita
na suja sarjeta
um rejeito que o estado
pegou na ratoeira
isso é o resultado
da sujeira
de um país sem jeito
Quarta-feira, 3 de Novembro de 2021
As crianças que comem no lixo
fazem uma tremenda algazarra
nos olhos um outro brilho
parece até que é divertido
Viram-se latas, sacos, sobras
e os rostos dos transeuntes
Soco no estomago de quem passa
mas à indignação parecem imunes
Triste o país que deixa suas crias
largadas à própria sorte
O governo é afeito aos ricos
azar o seu que nasceu pobre
Manter o pobre miserável
vivendo em eterno sacrifício
para esse governo deplorável
isso são ossos do ofício
Roa a quem roer
Quarta-feira, 6 de Outubro de 2021
O país está no inferno
mas há dinheiro no paraíso
champagne, caviar, ternos
ilhas fiscais, bancos suíços
Ao trabalhador, sempre otário
as taxas, o peso do imposto
a fossa no fundo do poço
o prato com resto de osso
na carne o amargo desgosto