O livro custará R$30,00 (dinheiro ou cheque)
Numa certa manhã
ao despertar de sonhos intranquilos
Gregório da Silva
acordou
e encontrou-se
metamorfoseado
em um... Ser humano
sem ter nada de especial
Lento
levantou-se
Tomou banho, café
saiu de casa
ao trabalho
de coletivos
com saudades do tempo em que
era um
monstruoso e temido
inseto
lembra do tempo que eu te seguia,
e era a forma mais fácil de saber o que fazia,
e você nem sabia?
o poema original:
lembra o tempo que você sentia,
e sentir era a forma mais sábia de saber,
e você nem sabia?
Alice Ruiz
quando fizer meu último verso
que seja honesta minha cria
e não essa falsa poesia
lamúria à qual me presto
quando eu fizer esse verso
que me servirá de epitáfio
palavra quente em mármore frio
último elogio de meu universo
que meu último verso
seja breve e robusto
sepulcro flores arranjos
que meu último verso
seja augusto
seja dos anjos
*100 anos da morte de Augusto dos Anjos
ao sul do real
o salvador
eu daqui
ele dali
acho que nunca vou alcança-lo
e lê lê
ele lê
ele leme
ele lê me
ele lê mim
ele lê mins
ele lê mins que
Ele
Leminski
Não é difícil o quanto pensamos
Muito menos é uma proeza
Vileza não se acaba com reza
pra viver em harmonia
é só seguir uma alegria:
gentileza gera gentileza
Quando se lê Manuel, gente se árvore
chega brotar passarinho
na cuca
e caramujo
na alma
Trilha aberta na mata por palavra
pra ouvir o silêncio da pedra
Deita grama no verde
pra ver céu
riscado brilhoso
de lesma
Um rio que passa atrás dos olhos
Manoel é de barros
eu sou menos
sou de asfaltos
Está à venda o 2º livro do MundoMundano. Nessa edição foram publicados dois textos meus!
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O MundoMundano se prepara para lançar seu segundo livro de contos, crônicas, poesias e afins, e eu tenho a honra e felicidade participar dessa segunda edição.
Todos estão convidados para a festa de lançamento.
A palavra que lavra
o chão que gira profano
constrói o mundo
Mundo Mundano
Leia: www.mundomundano.com.br
Verbos, versos e outras matanças
Vestes, vítimas em tantas andanças
Rostos e restos em rodas de dança
Bocas e beijos, cabelos de tranças
Murros e marras em ponta de lança
Erro e erro, desde criança
Assassino a(à) soul(ta)
Carnificino-me o corpo
Minha matança mira morte minha
Matança...
Diariamente meu fim adia
Matança...
Dia-a-dia em meu peito ardia
Matança
Ainda que tardia...
Quantas vezes preciso morrer
Para ser quem eu sou?
Roberto Piva - 1937/2010
Quando teu olhar cruzou com minha dor
Voltei ávido para a vida
De forças renovado para a lida
E entendi o significado da palavra Amor
Obrigado minha Flor
Não costumo publicar poemas não meus no blog, mas me identifiquei muito com este, dum poeta amigo:
No Espelho do Relicário
(Do poeta Teofilo Tostes Daniel ao amigo maluco Marcelo Tosta, o título e o poema)
Cansei de ser um personagem secundário,
E justo dentro desta minha própria vida!
Já me cansei de ter a essência corroída
Sempre por mim, em meu espírito sectário.
Não mais desejo eu habitar meu relicário,
Já tão vazio de meu rosto e da querida
Lembrança física de um tempo em que ferida
Era somente um anormal vocabulário
O que é tristeza e o que é meu peito eu já não sei.
O meu sorriso é tão sincero quanto à lei
Que, nos meus olhos, rege límpida maré.
Há secas lágrimas, furtivas esta noite!...
Desde a epigênese que sofro este açoite:
Estou sozinho desde a “Arca de Noé”.
Do livro: Poemas para serem encenados
http://www.teofilotostes.blogger.com.br/
I
Tenho olhos de Cecília
Quando penso em meu Anjo
Enquanto ando pela cidade
Tu, Anjo, és a minha maravilha
Que aparece como encanto
Nos meus olhos que se fecham de saudade...
II
Correrei pelos canteiros
Todos e por inteiro
Como última proeza
Atrás da framboesa
Que brota de tua boca
Meus dedos longos em teus cabelos
Negros novelos feitos de noite
Uso-os de açoite nos versos que invento
Não mais de tristeza e sim de contentamento
Pra ouvir: Canteiros
Seu nome
Alma
Vulgo Amor...
Desbravador daquele olhar
Que nas palavras se perdeu
Mas nunca por desamor
E sempre no esperar de outra vez...
(na cidade perdida, entre as ruas do cobre, campos de sono e esquinas de soldados andrógenos, aguarda o navio dos sonhadores...)
...A alma perpetua
No tempo
A espera...
Nem parece, mas já faz dois anos que o Mundo ID está a deriva nesse mar caótico e (des)informacional que é a internet. A primeira postagem, uma brincadeira totalmente sem pretensão alguma com o nosso ex-vice-presidente Marco Maciel, que acabou indo parar no Desenblogue (mas isso é outra história) seria apenas o começo de algo que me levaria muito mais longe.
Este blog começou por incentivo de uma ex-professora de faculdade, que depois de ler um texto que fiz para a aula de filosofia, ficou encantada com a organização das minhas palavras e idéias. Publiquei mais alguns textos acadêmicos, e só depois de um tempo passei a escrever com mais “liberdade”. Algumas crônicas, contos, idéias sem pé nem cabeça... A poesia veio bem depois.
Depois de virar vício e paixão, as poesias contidas no blog viraram um livro: Poemas Errados (dias intranqüilos). Nunca em toda minha vida pensei que fosse publicar um livro, ou que teria algum conto ou poema publicado de forma física. Graças ao blog, hoje sou escritor. Além do meu livro, fui publicada em diversas seleções (acho que são dez no total) da Câmara Brasileira de Jovens Escritores e num livro de poemas do Instituto de Filosofia de MT.
Escuto muita gente falando que tem textos engavetados, que não tem coragem de mostrá-los a ninguém. Isso é um erro. Sugiro a todos que pensam assim que montem um blog e que publiquem esses textos. Muita gente vai ler e, com toda certeza, os incentivarão a escrever cada vez mais. Coloquei um contador de visitas no meu blog, a pouco mais de três meses, e para minha surpresa ele já passou das 10.000 visitas! Para mim esse número é simplesmente inacreditável! Façam um blog, recomendo!
Outra coisa que se diz muito sobre os blogs, e sobre a internet também, é que nela se produz muito conteúdo ruim, sem qualidade. E quando escuto isso eu me pergunto: e que meio de comunicação que não produz coisas ruins? A TV é o maior exemplo deles, ou não? As coisas ruins fazem parte de qualquer coisa. Pior do que ler um blog ruim é ler um livro ruim... Não dêem bola para os comentários negativos sobre a internet, não vale a pena.
Dois anos depois de um começo despretensioso, já tenho um livro lançado e vários textos espalhados na rede por ai... Até aonde será que este blog irá me levar?
A Cooperifa prolifera
Pelos quatro cantos da periferia
E a palavra que nela prospera
Mostra que seu povo (lindo)
Que amanhece sorrindo
E que luta dia após dia
Tem cara e tem cultura
Tem voz e tem postura
Vontade, amor e ternura...
Bem diferente do que espera
Uma elite descrente
A periferia já não espera
E através da Cooperifa
Mostra que sua gente
Nunca foi pífia