O prédio incendiou
desabou, caiu
Apagou a vida
que nunca existiu
Sem dinheiro para consumo
só serviu de insumo
para aproveitadores, políticos
e muitos movimentos
A miséria é a base do poder
e quem o tem, apodrece
Coitado dos desamparados no Paiçandu
que não é tão largo quanto parece
E a eterna ama de leite
na periferia da praça
ainda serve à casa grande
para o deleite da elite
O ranha céu, que já foi moderno
teve seu fim como “inferno”:
do luxo ao lixo
do lixo ao esquecimento...