na tranquilidade da areia
que voa pelo vento
o tempo redesenha
a paisagem em meu olhar
como uma ampulheta que não chega
ao fim
tempo e areia
num dueto lírico
me dizem:
o deserto se espalha como
um manto sobre
a terra sobre
a carne sob
o pesado céu
à beira mar o balé
que me sepultará
em silêncio