Meu conto Eterna brincadeira foi selecionado para integrar o livro O melhor do conto brasileiro, da CBJE (Câmara Brasileira de Jovens Escritores).
Saiba como adquirir o livro, clique aqui.
Meu conto Passarinho foi selecionado para integrar a seleção Contos de Outono, da Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Para adquirir o exemplar é só entrar em contato com a editora clicando aqui.
Meu poema Horizonte foi selecionado para integrar a Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos Vol. 64 da Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Para adquirir o exemplar entre em contato com a editora clicando aqui.
Mais um conto/crônica meu foi selecionado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores para integrar uma antologia, a "Contos de amor e desamor". O texto é o IV Estações.
Para edquirir o exemplar é só entrar em contato com a editora através do site: http://www.camarabrasileira.com/
Um dos meus poemas foi selecionado para compor a Antologia de Poetas Brasileiros Cantemporâneos - vol. 63. O poema é o Cada Parte.
Para adquirir o exemplar é só entrar em contato com a editora através do site da Câmara Brasileira de Jovens Escritores: http://www.camarabrasileira.com/
Sandra Chamas e Edições Inteligentes convidam para a noite de autógrafos de seu livro Um traço, UM PONTO, Um poema, UM CONTO.
Dia 25/02/2010 - Casa Das Rosas
Av. Paulista, 37 - São Paulo/SP
Por Eryck Magalhães
Ao debruçar-se sobre a história literária e estudar minuciosamente toda a sua trajetória, deparamo-nos com uma imensa gama de textos, temas e estilos. Diante disso, o impasse: Ainda restam diálogos? Ainda há o que contar? O poeta Fabiano Fernandes Garcez, através de seus belos versos, mostra que sim, e o faz com muita propriedade. Em seus “Diálogos que ainda restam”,poema a poema, o autor revela a capacidade que a poesia tem de se reinventar.
No poema “Diálogos”, o poeta aborda a banalização do uso das palavras, que por ora, parecem vazias em si mesmas: “Não sinto a profundidade / em todos os diálogos”. O bucolismo é outra vertente que também se faz presente, principalmente no belíssimo poema “Minha preferida” o qual nos remete aos poemas árcades. Porém, o eu-lírico, apesar de se mostrar saudosista, faz referência a seu tempo: “Ah! Colhe flores / Hoje ninguém mais faz isso / Colhe flores!”. A inquietude do homem contemporâneo consigo mesmo já é outra temática deste poeta multifacetado, e para abordá-la, o autor lança mão da intertextualidade nos poemas “Eu não sou eu” e “Sou nada”. Já no poema “Mulher”, a figura feminina é literalmente divinizada: “Para mim, Deus é mulher”. Entretanto, um erotismo que se mostra inocente permeia nos vãos dos versos: “de colo e seios fartos, para nos confortar”. Em uma série de poemas sobre “As Lembranças de Minha Avó”, o poeta faz sua reverência à importância que as mães de nossas mães tem em nossas vidas.
Sem mais delongas, que muitos outros diálogos ainda restem e que ecoem nos versos deste poeta.
Scortecci Editora convida para o lançamento do livro Minhas Eternas Poesias de Hugo Paz.
Dia 27 de fevereiro de 2010 – Sábado das 15:30hs às 18:30hs
Local: Livraria Martins Fontes
Endereço: Av. Paulista, 509 – Cerqueira César
Próximo ao metrô Brigadeiro
Sarau e apresentação musical.
Se você quiser divulgar seus poemas no dia do lançamento, inscreva-se antecipadamente pelos e-mails:
marahsaopaolina@yahoo.com.br ou hugo-paz@hotmail.com
A Câmara Brasileira de Jovens Escritores (CBJE) promove todos os meses concursos literários de contos, crônicas e poemas para novos escritores brasileiros. Meu conto Goelabaixo foi selecionado e sairá na edição de janeiro no livro de contos “Além da Imaginação”. Para adquirir um exemplar do livro é só entrar em contato com a editora clicando aqui.
Quem quiser participar das próximas seletivas é só conferir as datas através do site.
Pirataria. Na época do “bolachão” (o saudoso vinil) esse termo tinha outro significado: quando uma banda realizava algum show, e o mesmo era gravado, às vezes esse era lançado como um disco “pirata”, um álbum “não oficial”, lançado, mas não através da gravadora que essa mesma banda era contratada.
Hoje o termo pirataria tem outra conotação: copiar, vender, distribuir qualquer produto sem pagar os direitos autorais de marca, propriedade intelectual e de indústria. E é uma prática criminosa, prevista na Lei 10.695 de 01 de Julho de 2003. Roupas, relógios, CDs, DVDs, tudo o que você possa imaginar, hoje é copiado. Na China, nome que é quase um sinônimo de produto pirata, até carros são copiados, como mostra uma matéria feita pelo Portal Exame.
O mercado musical começou a sofrer com essa prática ilegal a partir do final da década de 80. Os lançamentos em K7 foram simplesmente dizimados pelas falsificações. Quase 100% das fitas vendidas no Brasil eram cópias ilegais.
Antigamente para um “artista” ganhar um disco de ouro ele tinha que vender cem mil cópias de um álbum. Devido ao comercio ilegal, esse número de cópias caiu para cinqüenta mil.
As grandes gravadoras reclamam e pressionam muito para que a pirataria seja contida. Mas será que as campanhas anti-pirataria são feitas (direcionadas) de maneira correta? Por exemplo: se você alugar um filme em DVD, vai ver uma campanha onde aparece um camelô dando balas de revolver como troco, a uma pessoa que acaba de comprar um produto falsificado. A campanha associa a pirataria ao crime organizado, o que não está errado, mas tratar o camelô, que não passa de mais um brasileiro fudido, como um mafioso!? Bem, isso mostra como são as coisas no Brasil: o peixe grande nunca é, e nunca será, pescado. As mídias de CD e DVD, quem as fabrica? Como elas entram em nosso país? Assim como os grandes traficantes nunca são pegos, os grandes esquemas nunca são denunciados, e quando são as investigações acabam em pizza, os grandes pirateiros continuarão navegando, à vontade, nos mais diversos mares mercadológicos.
Toda revolução tecnologia traz facilidades a nossa vida cotidiana. Da revolução industrial para cá, o homem vem desenvolvendo cada vez mais tecnologia, o que sempre causa perdas e ganhos nos mercados e na economia. Um grande exemplo disso é a própria pirataria.
Empresas (multinacionais) como Olivetti ou Remington, fabricantes de maquinas de escrever, simplesmente sumiram da noite para o dia, depois que os PCs foram popularizados. Acredito que as grandes gravadoras estão seguindo no mesmo caminho. Além da pirataria, agora eles tem outro grande inimigo: o download; estão fazendo de tudo para que esse seja considerado uma prática ilegal. No reino unido o governo está preparando um projeto de lei para que, quando algum usuário baixar um arquivo de música ou filme, o provedor, como forma de penalizá-lo, desconecte-o da internet. Acredito que estão tentando frear um futuro que será inevitável: o fim das gravadoras.
Antigamente uma banda, para mostrar seu trabalho a um grande público, tinha que gravar uma fita demo, bater de porta em porta atrás de uma gravadora que o acolhesse e o lançasse. Caso essa banda fosse um produto fácil para se vender, a gravadora a contrataria na hora. Hoje o quadro é bem diferente. Qualquer um pode adquirir um programa de gravação, plugar seu instrumento ao PC e gravar uma música. Com uma simples câmera digital, e um programa de edição de vídeo, baixado de graça, é possível produzir um videoclipe e exibi-lo em diversos sites, como o YouTube. Atualmente essa independência proporcionada pela tecnologia, produziu um fenômeno pop: a garota prodígio Malu Magalhães. Imaginem se essa menina fosse pegar seu violão, mostrar sua folk music para as gravadoras a fim de lançar um álbum. Qual a resposta que ela receberia? Acredito que um sonoro NÃO. Sozinha ela consegui atingir um altíssimo público, e tudo através da net. Parabéns menina.
O download possibilitou que álbuns ou filmes já fora de catálogo pudessem ser facilmente adquiridos, garantindo assim a sobrevivência da vida musical de muitos, que há tempos caíram no esquecimento. Artistas que nunca seriam ouvidos por um grande público, agora tem como divulgar seu trabalho. E sem precisar do aval de um produtor ou, pior, de um diretor de gravadora.
Comparar o download com a pirataria é ridículo. Baixar um arquivo para uso próprio não pode ser considerado crime, assim como, antigamente, pegar um disco emprestado e gravá-lo em K7 nunca foi uma prática mal vista. A Inglaterra, que se diz ser um país desenvolvido, esta dando um passo para trás com essa nova lei.
Não adianta, o mercado fonográfico mudou graças ao advento tecnológico, e as gravadoras não estão acompanhando essa evolução e, pior, estão tentando frear algo que não tem como parar. O download veio para ficar.
Adeus, grandes gravadoras!
Clique e leia:
Manifesto Movimento Música para Baixar
Vidas Secas (1938)
Autor: Graciliano Ramos (1892 - 1953)
Na mesa nua, pratos com o mínimo de alimento; sem gosto.
O papagaio, estimado bicho, agora mudo, completa o sugo; almoço.
Na boca, seca poeira, sente-se pouco, ou único gosto; desgosto.
Ao pé o cão, magro, feio, sarnento, ruía um teco de osso.
O trabalho, na roça, chão rachado, tempos sem água; penoso.
O soldado, que representa o governo, desrespeitoso, num “zip” de lâmina lhe arranco as tripas, mas não vale esforço.
O caminho, longo, só seixos; tortuoso.
Assim é a vida em Vidas Secas.
02/02/09
Para ler
- As vezes sonho em ser apenas um bom-selvagem rousseauniano...
"O homem nasce livre, porém em todos lados está acorrentado"
"A maioria de nossos males é obra nossa e os evitaríamos, quase todos, conservando uma forma de viver simples, uniforme e solitária que nos era prescrita pela natureza"
"O verdadeiro fundador da sociedade civil foi o primeiro que, tendo cercado um terreno, lembrou-se de dizer 'isto é meu' e encontrou pessoas suficientemente simples para acreditá-lo. Quantos crimes, guerras, assassínios, misérias e horrores não pouparia ao gênero humano aquele que, arrancando as estacas ou enchendo o fosso, tivesse gritado a seus semelhantes: 'Defendei-vos de ouvir esse impostor; estareis perdidos se esquecerdes que os frutos são de todos e que a terra não pertence a ninguém'"
"E quais poderiam ser as correntes da dependência entre homens que nada possuem? Se me expulsam de uma árvore, sou livre para ir a uma outra"
Pra ler:
“Tudo é tudo e nada é nada”
Sebastião Rodrigues Maia – Filosofia Tim
Nascido em 1942 no Rio de Janeiro, Sebastião Rodrigues Maia, mais conhecido como Tim Maia, teve toda sua trajetória artística e pessoal contada na biografia Vale Tudo (Ed. Objetiva 2007) escrita pelo produtor musical, jornalista e amigo pessoal Nelson Motta.
Criado no bairro da Tijuca, o autor conta como foi a infância do menino entregador de marmita, a amizade com Erasmo Carlos, os primeiros contatos com a música, na adolescência, e a formação do primeiro grupo, que se deu na Igreja dos Capuchinhos, e que integrou como baterista, os Tijucanos do Ritmo. Nos anos em que morou em Tarrytown (EUA), Tim teve contato com o estilo musical que o marcaria como sendo a sua característica principal: a soul music. No retorno (deportado) ao Brasil, gravou em dueto com Elis Regina These Are The Songs, em 1969. Gravou seu primeiro disco, intitulado Tim Maia, em 1970.
No ano de 75 teve contato com a Cultura Racional (Racional Superior), lançando dois discos únicos na música brasileira, e venerados por fãs e músicos, Tim Maia Racional Vol. I e II. Quando descobriu que toda a ideologia Racional não passava de marmelada, Tim mandou recolher todos os discos que estavam nas lojas, fazendo desse um álbum raríssimo, e considerado por muitos os melhores (musicalmente) de sua carreira.
Nas décadas posteriores, sucessos como Me dê Motivo e Do Leme ao Pontal, fizeram-no um dos mais queridos pela opinião pública, dentre os artistas nacionais. Paralamas do Sucesso, Marisa Monte, Lulu Santos e vários outros regravaram suas músicas, emplacando-as nas paradas de sucessos.
Brigas com gravadoras, músicos, emissoras de TV, empresários, visinhos, problemas com a justiça, de saúde, com drogas, amores mal resolvidos, não tiraram o brilho e a força de sua música e nem de sua pessoa. Autodefinido como: “preto, gordo e cafajeste, formado em cornologia, sofrência e deficiências capilares”, Tim Maia ainda é pai, filho e espírito santo da soul music verde-amarela. Para Tim valeu viver tudo exageradamente de forma intensa e excessiva. Só não valeu foi dançar homem com homem, já mulher com mulher...
"Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme, traficante se vicia e pobre é de direita"
Tim Maia
MOTTA, Nelson. Vale Tudo. O som e a fúria de Tim maia. Rio de Janeiro. Objetiva. 2007.
Â
"Certa manhã, ao despertar de sonhos intranquilos, Gregor Samsa encontrou-se em sua cama metamorfoseado num inseto monstruoso."
O Quarto
Downloads:
A Metamorfose - Franz Kafka - Audio Book
A Metamorfose - Franz Kafka - Livro
A Metamorfose - Franz Kafka - Quadrinhos - Adaptação de Peter Kuper
Ambientado em Viena do final do século XIX, o romance Quando Nietzsche Chorou, o primeiro do psicoterapeuta Dr. Irvin D. Yalom, conta de maneira ficcional, com personagens que realmente existiram, mas que, alguns deles, nunca se encontraram na vida real, o nascimento da psicanálise.
O fisiologista austríaco, o Dr. Josef Breuer (1842–1925), empolgado com a cura da paciente Anna O., através de um novo método de tratamento, a “terapia através da conversa”, aceita tratar o depressivo suicida amigo da jovem e belíssima russa Lou Salomé (1861–1937), o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900). O filosofo já havia tentado anteriormente tratamento com dezenas de médicos, de toda a Europa, mas sua crise existencial parece ser uma barreira intransponível. O que acontece durante esse tratamento é uma relação na qual médico e paciente se confundem, pois o Dr. Breuer encontra na filosofia de Nietzsche respostas para seus conflitos internos, suas obsessivas fantasias sexuais com sua ex-paciente recém curada. Ele relata todo o tratamento para seu discípulo, o então jovem médico, e futuro pai da psicanálise, Sigmund Freud (1856-1939).
Literatura e ficção se fundem nesse romance cheio de personagens reais que transformaram e mudaram os rumos da humanidade.
YALOM, Irvin D..Quando Nietzsche chorou. Ediouro publicações. 24º edição. Rio de Janeiro.
Baixe para ler: Quando Nietzsche Chorou - Irvin D. Yalom
* Em 2007 o livro ganhou uma versão em filme: Quando Nietzsche Chorou (EUA, 2007) - Direção de Pinchas Perry.
“Tenho 16 anos e não sei como agir... Acostumei com os meninos do quarteirão que caçoavam de mim... Gostaria de ter namorados... Mas nenhum rapaz sairá comigo porque nasci sem nariz... Minha mãe chora quando olha para mim... Meu pai diz que talvez esteja sendo punida pelos pecados dele... Devo me suicidar?” (Trecho do livro Miss Lonelyhearts, de Nathanael West)
Apesar da carta acima fazer parte de um romance, uma ficção, ela poderia ter sido escrita por qualquer adolescente que tenha alguma deficiência física, uma estigma.
Erving Goffman (1922-82) faz um ensaio sobre todos os aspectos sociais que a estigma pode atingir; da forma como a sociedade influencia no comportamento do estigmatizado, levando-o a perda da identidade pessoal e ao comportamento destrutivo e anti-social.
O termo “estigma” foi criado na Grécia antiga para identificar, de maneira visual, com marcas feitas com fogo ou cortes no corpo, os escravos, criminosos ou traidores. Na Era Cristã foram acrescentados mais dois níveis de metáforas: sinais corporais de graça divina e sinais corporais de distúrbio físico. Hoje o termo está mais próximo ao sentido original, só que mais ligado à desgraça do que a evidências corporais.
Com a sociedade estabelecendo formas de categorizar as pessoas, criando modelos a serem seguidos, o individuo estigmatizado é deixado, cada vez mais, a margem social; bêbados, malandros, prostitutas, artistas, homossexuais, egressos, deficientes, mendigos, menores... O livro abre uma discussão muito importante: quem verdadeiramente é o marginal? O estigmatizado, que sofre o preconceito da sociedade, ou será ela mesma?
GOFFMAN, Erving. Estigma. Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. LTC Editora. 4º Edição. Rio de Janeiro.
Baixe para ler: Estigma - Notas sobre a manipulação da identidade deteriorada.