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O presente e o passado
se misturam no olhar
Mortos, ignotos ou notórios
vivem a nos abraçar
Sua história densa
de riqueza imensa
está por todo o lugar
Heróis, vilões, cativos
cada pedra, um pilar
O sobe e desce das ladeiras
há pecados ainda a pagar
Muito lhe foi roubada
a devassa foi de amargar
A divina arte lhe sobra
Ouro Preto ou Vila Rica
tudo passa, a memória fica
Tribos indígenas já foram “povos” e, assim como favelados, viraram “comunidades”;
O negro é “afrodescendente” (o mestiço nem existe mais);
O trabalhador virou “colaborador”, e o biscateiro, que já foi “profissional liberal”, agora é o “empreendedor”;
O idoso vive a “melhor idade”;
O mendigo agora é uma “pessoa em situação de rua”;
Transformaram o pobre na “nova classe c”;
Gays e lésbicas eram “GLS”, agora diluíram na sigla “LGBTQIA+”;
O miserável, que vive “abaixo da linha da pobreza”, passou a ter “insegurança alimentar”;
Até o cão, o cachorro, passando por “doguinho”, virou “pet”;
Tudo muda…
Mas o que nunca muda é a realidade, que continua sendo uma grande e imensa “matéria fecal”.