Domingo, 11 de Setembro de 2022
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Quarta-feira, 20 de Julho de 2022
O presente e o passado
se misturam no olhar
Mortos, ignotos ou notórios
vivem a nos abraçar
Sua história densa
de riqueza imensa
está por todo o lugar
Heróis, vilões, cativos
cada pedra, um pilar
O sobe e desce das ladeiras
há pecados ainda a pagar
Muito lhe foi roubada
a devassa foi de amargar
A divina arte lhe sobra
Ouro Preto ou Vila Rica
tudo passa, a memória fica
Nem negro nem branco nem índio
o pardo é algo misto
mameluco caboclo mulato
não importa o lado
por quem foi parido
Sempre mal visto
carrega em seu sangue
parte do inimigo
Quarta-feira, 8 de Junho de 2022
Desgarrei-me da boiada
não há como suportar
o caminho que ela segue
já se sabe onde vai dar
Uns morrerão pela fome
outros pelo fio do cutelo
crendo no conto do vigário
do fantasma de foice e martelo
Os que continuam atrás do boiadeiro
ao ruído do desafinado berrante
serão marcados, insígnia da ignorância
E no fim esse golpista carniceiro
ser boçal de mente delirante
acabará sozinho, no lixo, na irrelevância
Aquela lua imensa
acesa, linda luminária
parece um crânio, alvo
caveira solitária
Espelho astrológico
que reflete uma mortalha
lá do alto controla o tempo
ciclo que nunca falha
Dia e noite passam lentos
em seu cerne uma batalha
um dia estarei lá dentro
empunhando minha espada
Em seu eterno movimento
e seu brilho que se espalha
serei o mito refletido
perpetuando a humana saga
Sexta-feira, 20 de Maio de 2022
Sonhei um dia em ser rei
Por sonhar que ganhava a guerra
acordei, guerreei e venci!
Escrevi meu nome numa era
Não importa quem matei
nem quantas vezes nessa terra
fiz guerras quem nem lutei
pois eu sonho e outro esmera
dá o sangue, luta feito fera
pelo simples sonho que sonhei
Mas um dia não mais acordarei
e esse povo que nunca desperta
dará o sangue, fará a guerra
e morrerá pelo sonho de outro rei
Minha fé é do tamanho
da pepita que desenterra
e quanto mais dessa terra jorre
mais ao céu se sobe a torre
Chamem arquitetos, escultores
para edificar do barro o barroco
teremos muitos santos do pau oco
pecados a expiar dos pecadores
Traga a mão obra que for preciso
arrastem as correntes por mar a fora
ao luso rei o quinto indenizo
aos escravizados a palmatória
Sexta-feira, 6 de Maio de 2022
A vida dos mortos
conduz a dos vivos
entre sangue e ossos
no dobrar dos sinos
A história presente
perpetua o passado
pedra e corrente
por todos os lados
Do ouro derramado
sobrou a mínima parte
Entre a beleza e a arte
o sofrimento dos escravizados
São tantos(as)
andores, altares, oratórios
brancos, pretos, mulatos
basílicas, igrejas, capelas
indígenas, cristãos, mercenários
congregações, ordens, passos
bandeirantes, escravizados
nobres, contrabandistas, conjurados
penitências , orações…
Sã tantos
pecadores e pecados
que só um batalhão divino
para expurga-los
Sábado, 12 de Março de 2022
a bravura dos que combatem
a dor de quem se desterra
desânimo, valentia
há quem acerta
há quem erra
só não há
poesia
na guerra
!
!
!
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Segunda-feira, 21 de Fevereiro de 2022
Parabéns aos franceses
mudaram o regime e a lei
resolveram a pendenga
cortaram a cabeça do rei
A república aqui foi proclamada
há duzentos anos atrás
mas pelo visto, só de fachada
a plebe continua onerada
Séculos depois, soterrados
os petropolitanos ainda pagam
o luxo da praga divina
que falta faz uma guilhotina…
Terça-feira, 4 de Janeiro de 2022
a fome de justiça
aguça a sede de vingança
como nenhuma
se alcança
quem agoniza é a esperança
de barriga vazia
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Quinta-feira, 9 de Dezembro de 2021
uma passo para um homem
um salto para os evangélicos
um assalto a nação
um atraso da humanidade
Terça-feira, 16 de Novembro de 2021
Não para a ciência
à máscara e à vacina
o capitão e seu quartel
seguem a mesma sina
agravam a situação
e assim como Pilatos
lavam suas mãos
A consequência de seus atos
mais mortos e sequelados
mais pobres e miseráveis
Pagarão os responsáveis?
Certeza é que lhes reservam a inglória
de ocupar a lata de lixo da história
Quinta-feira, 4 de Novembro de 2021
Fé demais não cheira bem:
a plebe de joelhos
entre pedidos e apelos
só alivia a culpa do rei
ou se vive melhor agora
cobrando os “homens-da-lei”
ou se chora a agonia:
espírito cheio, barriga vazia
Quarta-feira, 6 de Outubro de 2021
O gosto da sopa de osso
na escuridão do fundo do poço
amarga a garganta do moço
sem futuro...
A quem ainda dá o endosso
ao boçal que está no congresso
quer ver o país em destroços
sem futuro...
“ele não” é nenhum colosso
nosso próximo passo
é derrubá-lo, mandá-lo ao fosso
e pensar no futuro...
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