Filme exibido na 2° Cinemada de Publicidade & Propaganda - Unisant'anna.
O gingante verde está de volta! O Incrível Hulk (EUA, 2008 – direção de Louis Leterrier), que estreou no Brasil em junho deste mesmo ano, traz, mais uma vez as telonas, a saga do Doutor Robert Bruce Benner, em busca da cura para sua anomalia. Edward Norton faz o papel do melancólico e frágil doutor Benner que vive refugiado na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro. Como todo e bom filme estrangeiro que retrata algo do Brasil, esse também contém erros absurdos. Acho que o mais grotesco deles é que os brasileiros, do Brasil que é mostrado, fala o bom e velho... Espanhol! Talvez exista alguma dificuldade em arrumar bons atores que falem português, não sei, mas nessas alturas da globalização, cometer um erro assim não dá, ainda mais quando se fala do “bricniano” gigante verde pela própria natureza. Algumas partes sem explicação logística, geográfica e geopolítica ficaram um pouco difíceis de serem digeridas; após ter-se transformado em Hulk, Bruce acorda no meio duma selva, ou floresta, subentendendo-se que ele ainda está no Rio, mas não, na verdade ele acorda na Guatemala. Na cena seguinte ele já está na América, na porta duma faculdade, donde sua amada Betty Ross (Liv Tyler) leciona. Ta certo, super-herói, super-pataquada! Não se pode esperar muito, nesse sentido, dum filme americano dirigido por um francês.
É impossível não compara-lo a filmagem do herói feita anteriormente (The Hulk, EUA, 2003 – direção de Ang Lee), que foi duramente criticada por sua animação gráfica ter ficado um tanto, digamos, ruim. Nessa nova versão, Hulk vem bem menos com cara de desenho animado, e bem mais agressivo.
Saudosas aparições aumentam o aspecto melancólico do filme: Lou Ferrigno, que na década de 70 aterrorizava as criançinhas interpretando o Hulk, no seriado televisivo de mesmo nome, faz uma ponta de segurança do laboratório. O ator Wilfred Bailey Bixby, que fazia o Dr. Benner nessa mesma série, também faz uma aparição, mas muito discreta; ele aparece no seriado Meu Marciano Favorito (da década de 60) enquanto Benner assiste a TV, no seu barraco. Até a clássica cena que finalizava cada capítulo do seriado foi lembrada: Bruce caminhando pela rua, no canto do vídeo, meio desfocado, abandonado, pensativo, triste, só... Tocando uma música quase fúnebre.
O Incrível Hulk foi criado em 1962 e, no meio de todas essas tentativas de recriá-lo fora dos quadrinhos, a alguém que está rindo a toa e, não, não é o fã número um (esse deve estar chorando), é Stan Lee, seu idealizador.
Assista: O Incrível Hulk - EUA, 2008 - Direção de Louis Leterrier.
Baixe os temas do seriado Hulk, da década de 70: Tema 1 - Tema 2