Arquitetando
Na casa do arquiteto
Nasceram os ramos
Cresceram as rosas
Floresceram os versos
No mármore nobre
Entalharam as letras
Moldaram as palavras
Construíram os poetas
Éden
Na minha casa há um jardim
Onde a palavra não peca
Lavra, lapida, disseca
Trabalha assim o poeta
Na árvore central das serpentes
O fruto proibido é liberado
Em todos seus rios vertentes
Embebeda-se o poeta laborado
Casa das Rosas
Nos corredores desse templo
Vivem os imortais
Poetas que o tempo
Não apaga mais
E nós, meros mortais
Sonhamos com o dia
Em que a nossa poesia
Ultrapasse os seus umbrais