Sempre preferi as flores
Não por questões de odores
Nem de valores
E sim por fixarem raízes
Mesmo, ao arrancadas, deixando cicatrizes
Criam concretos amores
E os acontecidos anteriores
Saudosos, nos deixam felizes
Pétala delicada, suave amada
Às vezes me machuco no espinho
Sinto-me triste, sozinho
Dai planto outra rosa
Bem regada, cresce formosa
Transforma o nada em jardim
Coitado de mim
Que por ventura
Da vida, certa altura
Conheci um anjo
Mas não sei, em fim
Se era querubim, serafim...
Acho que era arcanjo...
Bem... independente da patente
Foi somente desarranjo
Desencontros, constantemente
E Deixa-me saudades
Pois sei que na verdade
Esse anjo que aqui passou
Encontrou outra cidade
E atrás da felicidade
Bateu asas e voou...