André Braga

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Quarta-feira, 22 de Abril de 2009

Feliz aniversário

Mais um aniversário. Hoje o gigante pela própria natureza, a pátria amada Brasil, faz 509 anos de existência. Graças ao fidalgo Pedro Álvares Cabral que, com suas dez naus e três caravelas (e mais de 1.500 homens), desembarcou por aqui, precisamente em Porto Seguro na Bahia, no começo do século XVI, graças a esse feito, hoje fazemos parte dessa atual concepção de mundo. Segundo conta a história, depois da não tão bem sucedida viajem de Vasco da Gama por mares revoltos, Cabral foi solicitado pelo Rei Dom Manuel I para comandar o que seria uma das maiores frotas já reunidas, a fim de encontrar o sonhado caminho para as Índias. Bem, é mais do que notório que o luso capitão não encontrou porra de caminho pra Índia nenhuma, mas em compensação encontrou uma terra habitada por pacíficos nativos que tinham suas vergonhas desnudas, e um solo fertilíssimo, onde tudo que se planta dá.


Fico imaginando como foi esse primeiro contato. Os portugueses ancorando os barcos a uma certa distância da praia, uma porção de nativos pelados em terra firme olhando e imaginando uma porção de coisas, tipo, quem são, donde vem... E o primeiro dialogo trocado, imagem só como não deve ter sido, gestos e mais gestos misturados a recíprocos grunhidos inteligíveis. Uma coisa trágica desse primeiro encontro, e que muitos dos livros de história, principalmente os de primeiro e segundo grau, não retratam, é o número de nativos que morreram só por entrar em contato com os cansados, barbudos, cabeludos, vestidos dos pés a cabeça, e, principalmente, famintos e imundos viajantes portugueses. Os corpos esguios dos habitantes locais, bem tratados, acostumados a uma alimentação saudável e uma vida de, quase, contemplação total a natureza, não suportaram o gigantesco número de vírus e bactérias trazidas encubadas da Europa. Resultado: estimasse que milhares de nativos morreram das mais variadas doenças após os primeiros contatos com o homem branco europeu. Falar em números exatos fica difícil, já que esse tipo de informação ficou perdida no tempo. E como quem registrou toda a história foi o branco da Europa, é mais do que normal que hoje não se saiba o tamanho da catástrofe. Sabe as caries que você hoje tem na boca? Pura herança.


O nosso primeiro nome foi Ilha de Vera Cruz, citado na primeira carta enviada para o Rei, redigida por Pero Vaz de Caminha. Nosso segundo nome foi Terra de Santa Cruz. Recebemos esse nome para demonstrar o interesse que Portugal tinha em propagar a fé cristã pelo novo mundo. No dia vinte e seis de abril desse mesmo ano, o frade Henrique de Coimbra realizou a primeira missa na nova terra. A partir desse dia deixamos de ser pagãos, os nativos que vivam em pecado (e nem faziam idéia do que era isso) agora estavam amparados pela igreja, tornaram-se filhos de Deus, dando-se assim o começo da hegemonia religiosa católica no hemisfério sul e o início do divino massacre étnico. Linguagem, costumes, danças, religião, cultura, talvez algum tipo de escrita, tudo simplesmente, ao longo dos séculos, desapareceu. Hoje, dos índios, fora a meia dúzia que ainda resiste ao tempo e ao dito progresso (amparados pelo obscuro INCRA) só sobraram nomes de logradouros.


O Brasil ficou muito conhecido pelo lucrativo comercio de escravos. Os portugueses e os holandeses dominavam o tráfico de escravos negros vindos do continente africano. Nativos, europeus, negros misturaram seus gametas gerando os cafuzos, mamelucos, mulatos... Começou assim a formação do povo brasileiro.


Sempre se diz que o Brasil é um país novo. Muitos rebatem essa idéia retrucando que não, já temos mais de quinhentos anos, e isso não é pouco tempo de existência para se dizer que somos um país novo. Mas até que concordo com essa idéia de “país novo”. Se pensarmos da seguinte maneira: desde que fomos “descobertos”, fomos usados apenas para a extração de riquezas e recursos. Até o ano de nossa independência (1889) éramos apenas mais uma colônia de exploração portuguesa. Após a proclamação da república, ai sim, viramos um país, um país independente... é, pelo menos no papel.


Nesses cento e vinte anos de história tivemos várias revoluções, ditaduras, conflitos, governos provisórios, estado novo, república nova, trinta e cinco presidentes, um processo de impeachment... não vou me estender pela história de nossa república, já ha centenas de sites sobre esse assunto e meu propósito aqui não é esse.

 

OBS: Texto ainda não finalizado.
 

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Publicado por AB Poeta às 21:50
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