Constelação faminta
Há de luzir
de lá as estrelas
todas
A deusa nua
banha-se amoral
em pleno esgoto a céu
aberto chafariz sem anjos
Um punhado maltrapilho
come um punhado dado
graças à graça
do olhar de desgraça
sob o desgraçado
A estação é sempre
a mesma
seca fria suja
sem luz
sem esperança