André Braga

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Segunda-feira, 22 de Agosto de 2011

Puta que partiu

 

A noite se abria no movimento de suas pernas 

grossas pecaminosas infinitas

e o brilho morto das estrelas

emolduravam teu corpo lascivo e jovem

 

Que saudades que tenho da minha puta

 

Suas mãos corriam até mergulharem

lábios seios sexo

que me exibia liso e rosa carne

querendo quente pulsando

expulsando todo o frio e a derrota

 

Que saudades que tenho da minha puta

 

Suas coxas apertavam e espremiam

o gozo

que sobrava em seus olhos

que me mostrava entre os dedos

que lambia satisfeita

que alimentava o pouco que éramos

 

Que saudades que tenho da minha puta

 

Que sonora gemia fêmea

que linda contorcia-se fêmea

que satisfeita ofegava fêmea

e enchia meus escravos ouvidos

com sons úmidos de fêmea

 

Que saudades que tenho da minha puta

 

Era um mundo construído

e constituído de vontades animalescas

que faziam meu sangue pele correr

percorrer pelos meus rios e mares

até alagar o deserto e o homem que sou

 

Que saudades que tenho da minha puta

 

Mas no ordinário passar dos dias

nosso jogo não teve mais vitórias

monótonos sucumbimos ao banal

e derrotados

desistimos do poder lúdico

que proporcionávamos aos nossos restos

 

O solitário e sujo tempo venceu

 

Que saudades que tenho da minha puta

que partiu...

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Publicado por AB Poeta às 15:43
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4 comentários:
De Naty a 29 de Agosto de 2011 às 16:18
Linkado de novo no TBC! rs
Putas não voltam, você sabe... "Pois já não vales nada és página virada, descartada do meu folhetim!" rs

De AB Poeta a 29 de Agosto de 2011 às 20:27
Obrigado por linkar.

bjo

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