Terça-feira, 8 de Fevereiro de 2011
Horizonte nos olhos
Mar aos ouvidos
Nos lábios, o doce
mas na verdade a janela está vazia.
Um corpo que quer
(de)caído
Junto às sobras
Que o tempo junta
Guarda
E aguarda
Que voem
Num sopro que nunca acontece.
Anjo lixo que não voa
Porque tem assas de algodão hospitalar
E a mangueira do soro
Intravenosa
É curta
Tão curta quanto à vida.
Entre migalhas
O silêncio corre
E a garganta morta
Vela a inspiração
Que dorme o sono dos abençoados.
De
Nina a 8 de Fevereiro de 2011 às 17:53
Janela vazia, quadro sem moldura, cena sem objeto, monólogos...
É bonito, mas é triste...
A memória poética me salva...
De
AB Poeta a 8 de Fevereiro de 2011 às 19:53
a tristesa é poética, mas a alegria é, no máximo, bonita...
a melancolia é a gasolina da poesia! rs rs
Bjos
De Nina a 9 de Fevereiro de 2011 às 07:32
Também sempre achei que a melancolia fosse o tal combustível... Mas acabei descobrindo que a poesia é "total flex"... Ela bebe de tudo...
De
AB Poeta a 9 de Fevereiro de 2011 às 12:05
rsrs é verdade, mas sempre tendemos a utilizar mais um combustível mais que outro. rs
bj
Vou ser bem sincero com você: eu raramente gosto de poesia que os outros escrevem (e ultimamente nem tenho escrito muitas, porque sem inspiração, prefiro não escrever versos). O motivo pelo qual eu não gosto, é porque quando eu começo a ler me dá vontade de parar, porque ou é incompreensível, ou é extremamente mal-escrita e clichê.
Agora, antes que você se assuste, a sua é uma das que eu gosto. É simples, lacônica, fala tudo que tem pra falar sem rodeios e palavras difícies. Eu adoro ler poesia assim. Não existe melhor. Enquanto você escrever sem querer parecer um Camões da vida, você vai escrever bem (como eu percebi nesses seus poemas).
Abraço
De
AB Poeta a 16 de Fevereiro de 2011 às 13:53
olha cara, eu também "sofro" desse problema! rs rs rs
Prefiro ser direto, mas sem perder a poética! rs rs
Vlw pelo comentário!
Abrçs
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