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Sexta-feira, 20 de Maio de 2022
A pandemia trará consciência
às pessoas, uma novas atitude
disseram os otimistas
apesar da humana insipiência
O pensamento positivo ilude:
nem acabou a pestilência
e o “novo normal”, pura fantasia
voltou a ser a velha mania
Muita coisa retrocedeu, é vero
voltamos para a estaca zero!
De certo nessa confusão
é que a maioria lavou as mãos
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Sexta-feira, 22 de Abril de 2022
Aos pés do mirante
algo que ninguém quer ver
Fechar os olhos não vale
para a visível realidade
Do alto a cidade é outra
o luxo ignora o lixo
e a foto feita filtra
o feio, por mero capricho
A São Paulo idealizada da rede
está longe de ser a concreta
Infecta e suja, nada discreta
não dá para negar a verdade
A "boca de lobo" a peso de ouro
o velho herói de bronze da praça
a placa do defunto, um tesouro
tudo pode virar fumaça
Fumaça que já foi da indústria
da locomotiva que puxa o país
mas hoje sua força motriz
é sugada por muitos picaretas
corruptos, tantos homens vis
E como novo símbolo pavlista
temos a ágora do vício
São Paulo queima no cachimbo
e seus ares que exalavam benesses
agora cheiram a lixo, fuligem e fezes
Quarta-feira, 6 de Abril de 2022
Conheço essa cidade
como a palma da minha marmita
Ouvi dizer que tem palácio
o ponto sei onde fica
Só não sei da sanidade
a fina flor que aqui se pica
Ser, eu tento. Quem sabe
esta cidade me coisifica
*Uma brincadeira com o poema Curitibas, de Paulo Leminski.
Mamãe, falei que fui à guerra
mas fui mesmo na aventura
aproveitar, descolar uma paquera
ficar na boa com a turma
Mas, mamãe, falei merda
disse o que não deveria
quando voltei à nossa terra
encontrei uma outra guerra
E agora querem minha cabeça
por pura falta de lisura
mas vou culpar é a imprensa
por cavar minha própria sepultura
Quinta-feira, 9 de Dezembro de 2021
No capitalismo selvagem
o bode expiatório do Estado
serviu de desculpa ao touro
que com o rabo entre as pernas
saiu de mansinho, evitando latidos
Quem acabou latindo foi o gado
que cego de febre, não viu
comprou gato por lebre
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Terça-feira, 23 de Novembro de 2021
No centro da fome
e do desemprego
o touro dourado
não puxa arado
Esse fica pro povo
que atordoado
enriquece o toureiro
por um mero trocado
E os emolumentos
enchem a bolsa dos donos
e os sorrisos dos tolos
que do touro de ouro
só lhe sobram os excrementos
A crueldade do Estado
na ilegalidade do ambulante
faz desse desempregado
um criminoso constante
Nesse país de desabrigados
e da meritocracia fajuta
tentar sobreviver é um fardo
todo dia uma nova luta
Aqueles que seriam os obrigados
a tornar nossa vida mais justa
são os verdadeiros bandidos
já passou da hora de dar um “basta!”
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Os touros engordam
as vacas emagrecem
o pasto mal dividido
desiquilibra os dividendos
e quem tange a boiada
nem liga pro contraste
e o desastre vira ensejo:
o touro foi ao varejo
a vaca foi pro brejo
Quinta-feira, 4 de Novembro de 2021
A vida segue de trem
de estação em estação
embarco na Paraíso
desço na Consolação
Entre santos e santas
as homenagens são tantas
que até Judas tem sua vaidade
Se me perco na cidade
vou à Luz, que me conduz
para a Liberdade
mais um sujeito
sem leito
que à rua se sujeita
e se ajeita
na suja sarjeta
um rejeito que o estado
pegou na ratoeira
isso é o resultado
da sujeira
de um país sem jeito
Domingo, 29 de Agosto de 2021
Sexta-feira é dia de beber
algo que deixou de ser pecado
O consumo já não o faz desmerecer
temos até monja ao nosso lado
Dizem que devo ser moderado
o que soa diferente da propaganda
mas a embaixadora nos faz criança
deixe-me beber e não encha o sacro
Ao lado do camping de mendigos
inaugurou um fast food novo
Comemoram os famintos maltrapilhos
“o lixo dessa rede é mais gostoso”
Sob os seus arcos dourados
quem sabe consigam uma esmola
porque o lanche que é jogado fora
dividem com cães, gatos e ratos
O palhaço que sorri na entrada
tem a alegria como suprassumo
provoca engasgos e gargalhadas
e mata muitas sedes de consumo
O frio do tempo
O frio do chão
O aquecimento é global
mas não aquece o coração
O olhar gelado
sobre o desvalido
lhe cobre o corpo
de desilusão
No fio da navalha
nada o agasalha
No frio da navalha
mais uma mortalha
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