André Braga

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Domingo, 27 de Agosto de 2023

Passarinhos

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Publicado por AB Poeta às 18:45
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A humana indústria do lixo

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Publicado por AB Poeta às 18:22
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Sexta-feira, 20 de Maio de 2022

Estaca zero

 

A pandemia trará consciência

às pessoas, uma novas atitude

disseram os otimistas

apesar da humana insipiência

 

O pensamento positivo ilude:

nem acabou a pestilência

e o “novo normal”, pura fantasia

voltou a ser a velha mania

 

Muita coisa retrocedeu, é vero

voltamos para a estaca zero!

De certo nessa confusão

é que a maioria lavou as mãos

 
Publicado por AB Poeta às 00:59
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Sexta-feira, 22 de Abril de 2022

Cegueira voluntária

 
Aos pés do mirante
algo que ninguém quer ver
Fechar os olhos não vale
para a visível realidade
 
Do alto a cidade é outra
o luxo ignora o lixo
e a foto feita filtra
o feio, por mero capricho
 
A São Paulo idealizada da rede
está longe de ser a concreta
Infecta e suja, nada discreta
não dá para negar a verdade

 

Publicado por AB Poeta às 23:35
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Virando fumaça

 

A "boca de lobo" a peso de ouro

o velho herói de bronze da praça

a placa do defunto, um tesouro

tudo pode virar fumaça

 

Fumaça que já foi da indústria

da locomotiva que puxa o país

mas hoje sua força motriz

é sugada por muitos picaretas

corruptos, tantos homens vis

 

E como novo símbolo pavlista

temos a ágora do vício

São Paulo queima no cachimbo

e seus ares que exalavam benesses

agora cheiram a lixo, fuligem e fezes

 
Publicado por AB Poeta às 23:28
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Quarta-feira, 6 de Abril de 2022

São Paulos*

   

   Conheço essa cidade

como a palma da minha marmita

   Ouvi dizer que tem palácio

o ponto sei onde fica

 

   Só não sei da sanidade

a fina flor que aqui se pica

   Ser, eu tento. Quem sabe

esta cidade me coisifica

 

*Uma brincadeira com o poema Curitibas, de Paulo Leminski.
Publicado por AB Poeta às 20:35
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Terça-feira, 4 de Janeiro de 2022

Sobre a desigualdade social

                         a fome de justiça
          aguça a sede de vingança
          como nenhuma
                                    se alcança
   quem agoniza é a esperança
                     de barriga vazia

Publicado por AB Poeta às 21:35
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Quarta-feira, 6 de Outubro de 2021

O agro é

 

O agro é vida
é pop, é arma
é armação
O agro é grilagem
é desterro, é poder
é inflação
O agro é dólar
é miséria, é lobby
é extorsão
O agro é fome
é tóxico, é golpe
é escravidão
O agro é morte

 

Publicado por AB Poeta às 01:38
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Terça-feira, 29 de Julho de 2014

cida de

 

viver cidade

violenta velocidade

 

ver a cidade aparente

ser o vírus e a semente

fugaz ser

a serpente

gás do caos corrente

 

lentamente

trânsito em transe

carros tragados

transeuntes

cigarros lábios lentes

 

lenta mente ácida

árida

fragmenta mente

 

cor rente

de mente

fuga cidade

lá tente

 

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Publicado por AB Poeta às 03:44
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Sexta-feira, 25 de Julho de 2014

Tietê - II

 

Tietê quem

te viu não quer

te ver

 

à margem

sem ramagem

sem ramais

marginais nada

fluviais

 

no leito

sem porto

sem jeito

rio quase morto

 

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Publicado por AB Poeta às 02:42
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Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011

Anunciação

 

No céu de São Paulo

nuvens chumbo prenunciam

a queda

que arrasta tudo alaga:

esgotos gastos

coletivos esgotados

casas ocas poços

restos fossas pastos

fossos poças

paços largos

logradouros

lugares comuns

 

Lago imenso lodo

onde Tristeza e Tragédia nadam nuas

sincronizadas

entre ratos-golfinhos

dejetos restos

e rostos

 

O trovão grita

rasga o ar:

Corre! A água é suja

imunda inunda

tua hora vai chegar

 

A sinfonia continua

no mesmo (des)compasso

até que a última gota

caia

 

 

Publicado por AB Poeta às 13:01
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Sexta-feira, 25 de Março de 2011

Sinal vermelho

 

Atenção!

Amarelo fome

 

O sinal fecha e abrem-se as cortinas

 

Equilibrado num corpo seco sujo

malabarisa-se

come pouco e cospe fogo

a atração que nunca foi a principal.

 

O homem bala (de hortelã)

voa por entre o aço industrializado

Todos olham, acompanham e fingem indiferença

carregando no íntimo espanto, medo e pessimismo.

Correndo, na velocidade estridente dos sons

ele volta à posição inicial

alçando mais alto um próximo vôo

 

Flores espirram água

pedintes rodam as rodas ralas entre as rodas negras

O picadeiro urbano fervilha

enquanto a tristeza do palhaço transita

na orla pavimentada.

 

Um sinal verdeja

a platéia sem graça segue sagaz

em passo apressado

Acelera a carroça e sopra fumaça na moça insossa que passa

enquanto feroz

a fera faminta fenece no asfalto

frio

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Publicado por AB Poeta às 21:24
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Terça-feira, 27 de Julho de 2010

Tietê

 

Já não rio mais...

porque em teu curso correm negras minhas sobras

e em teu leito sereias mudas e perdidas

desencantam famintos estivadores de passagem

que sonham com suas ilhas

 

Marginais roubaram tuas plumas e deixaram-te

com a pior fantasia

 

Veia exposta que sangra restos

cadáver decúbito eternamente em decomposição

 

Tua beira escura e densa produz

um Narciso inverso

que se irrita por saber que os reflexos

que lhe mostra são

as ruínas de seus desejos

 

Difícil encarar teus olhos verdes-fossa

que tristes me suplicam pureza

 

Eu

Deus eterno e onipotente núcleo do tempo

a ti ignoro

pois sei que fiz de você minha

imagem e semelhança

 

 

Publicado por AB Poeta às 02:40
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