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Essa outra escrevi quando completou 80 anos
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Futebol e seus fanáticos
sofrimento e glória
O amor começa com um gol
e consolida com a vitória
A derrota traz o dissabor
à boca dos alucinados
“Competir é onde está o valor”
isso é o hino dos derrotados
Ninguém torce por esporte
seja qual for a situação
Mesmo sobre política ou religião
com paixão defende sua equipe
Trocar de camisa, jamais!
Essa seria a maior traição
Ganhando ou perdendo
vivemos mesmo e da ilusão
Aê Blatter, sabe o que é
sabemos como fazer
manifesto, agora acontece!
Aqui Joseph se chama José
na zabumba é que se usa o "Z"
e Brasil se escreve é com "S"!
Tá tudo errado!
Nome fuleiro tem o tatu
Fuleco
É mascote dum time
marreco
Jogador boneco
tá tudo rico!
timeco-sem-bola
futebol em extinção
cacareco
Tá tudo armado:
o concreto em obra
dinheiro de sobra
disseco:
desvio de verba
desconfio, voou
no teco-teco
Tá tudo bem
qualquer coisa, hipoteco
Tá tudo normal
noticia o jornaleco
Tá tudo em casa
carnaval
tamborim e reco-reco
Tá tudo em pizza
difícil será ficar sem
o caneco
Mas e pro povo?
Pro povo, peteleco!
A felicidade refletia impávida
nas crianças que
jogavam
bola na rua
Lá vai voa vai
a bola que voa
sobre o muro
sobre os portões
sobre as grades
sobre lanças e
cai
num quintal
fúnebre
Para a morte que florescia
no chão solitário
aquela queda era uma gota
incômoda
de alegria alheia
Desaforada fora a bola
que foi furada
rasgada
partida ao meio
no meio do quintal
meio aos olhares alheios
violentada como um meio
de se atingir a felicidade
O Santos é meu time
e eu torço com fervor
alvinegra é minha camisa
e eu visto com amor
Santos centenário
sempre joga pra vencer!
Santos sempre Santos
Santos sempre eu ei de ser
O Santos sempre busca a vitória
Na Vila, dentro ou fora, aonde for
O time da virada
nunca tem o que temer!
Santos sempre Santos
Santos sempre eu ei de ser
A torcida se dedica com louvor
canta e empurra o time por amor
O caldeirão da Vila
quando enche é pra ferver!
Santos sempre Santos
Santos sempre eu ei de ser
A arte já faz parte
de sua história
da Vila para o mundo
com suas glórias
Os craques da baixada
quando jogam é pra valer!
Santos sempre Santos
Santos sempre eu ei de ser
Filósofo com os pés
reinventou o calcanhar
Na bola-de-aço da ditadura
deu uma direta já
que foi na forquilha do arqueiro verde
e venceu o calcanhar-de-aquiles
com a democracia
Os pré-socráticos o admiraram
os socráticos o comemoraram
e os pós-socráticos que o sigam
não é todo século
que nasce um craque
nos vários campos brasileiros
Em memória... (1954-2011)
eram vários os camisas dez que voavam
no gramado verde iluminado que se projetava
sobre a rua de terra encravada de seixos
com um resto de couro disforme
jogávamos partidas sem pausas
sem julgamentos
memoráveis
e dávamos a vida
para ver a bola cruzando
as traves de pedra...
ah, que saudade da minha infância
quando o Dunga era só uma fábula!
A Copa do Mundo atinge
A gente, e a gente tinge
O asfalto, de Brasil
Os olhos ficam a mil
Com as cores dessa nação
E acelera o coração
Ver em campo a seleção
Traz felicidade para cidade
Num repetéco, traz o caneco
Faz vibrar todas as idades
Tamborim, pandeiro, reco-reco
Ginga no quadril, samba no pé
Sabe como é, derrota, não tem essa
Na África, Brasil é HEXA!
Tinge os olhos e os corações de Brasil....
Essa rua, essa rua é a minha...
Ver de
Amar
(elo)
A Zul
De Branco
No altar
Em casa
Jogamos
Na área
Na copa
Corre, corre, correee
Toca, toca, toca
Vai, vai, vaaai
Chuta, chuta, chuta
Goooooooooooooool
É campeããão
É campeããão
É campeããão
Fome verde
Sorriso amarelo
Marquinhos passava todas as tardes, após as aulas, na casa do amigo Thiago, disputando acirradas partidas de futebol, jogadas no moderno vídeo game. Marquinhos sempre perdia, e o amigo zombeteiro – marreco, marreco – ria das derrotas do fraco oponente que, depois de resmungos grunhidos baixinhos, cerrava os beiços. Marquinhos queria vencê-lo, precisava vencê-lo. A vitória passou a ser uma meta.
Certa tarde ao se dirigir à casa de seu algoz esportivo, pensava decidido – de hoje não passa, venço! – seguiu para a sonhada glória. Chegou, cumprimentou o amigo e apressados ao quarto partiram para a partida. Marquinhos já foi logo marcando um – goooool – comemorou. O amigo empatou e em seguida fez mais um – coen, coen – grasnou para o freguês. Marquinhos não se intimidou, determinado a vencer fez mais um e mais um e mais um... E numa fúria goleadora, venceu.
Marquinhos largou o controle do vídeo game e saltitou pela casa – venci! venci! – gritava, com alegria pura brilhando nos olhos. Voltou para o quarto, zombou do perdedor. Com fome, foi até a cozinha, abriu a geladeira, viu um enorme queijo branco de Minas, pegou-o e levou até a mesa. Voltou para o quarto, colocou o pé sobre o peito do amigo que estava no chão e puxou a faca que estava cravada. Rápido removeu o sangue com detergente na torneira da pia, enxugou a lâmina na camiseta do colégio e cortou um pedaço grosso de queijo, desfrutou do banquete, sentindo-se campeão.
Este texto foi feito para a oficina Escrevivendo, como exercício de argumentação, baseado na crônica de Rubem Alves “Não vou ver as competições...” que fala sobre as competições olímpicas. A proposta era fazer uma carta para o autor dizendo o que achou do texto (a outra crônica apresentada no curso foi uma do Moacyr Scliar, sobre o mesmo assunto).
Segue texto:
Bom dia professor Rubem Alves, tudo bem? Espero que esteja.
Escrevo para comentar sobre sua crônica, referente às competições olímpicas. Essa tese de que atletas não são longevos achei muito interessante, porém acredito que seu texto a defende de maneira superficial, com argumentações vagas. Por exemplo: com quantos anos morreu a Florence? Eu não sei, e acredito que a maioria de seus leitores também não. Caso ela tenha morrido muito nova, o senhor deveria ter citado a idade, fortaleceria a tese. A comparação com os animais acho que não cabe. Os animais são irracionais, agem por instinto e equilibram-se naturalmente. Já o homem não, não tem função definida, age de acordo com o que acredita ser o melhor para ele, e como cada um acredita num “melhor”... Fica difícil julgar (a luta das nadadoras contra o cronômetro lembrou-me cronistas lutando contra fechamentos de edição).
O estresse que o corpo da maratonista suíça sofreu foi realmente chocante, mas será que foi maior do que a sensação gloriosa de cruzar a linha de chegada? No prazer também há dor (os masoquistas que o digam). O topo do pódio é mesmo a celebração do narcisismo, concordo; mas não conheço ser humano algum que não goste de receber elogios, e pódio é o máximo do elogio. Competir é de nossa natureza, todas as civilizações competiram entre si, e as olimpíadas foi uma brilhante invenção, pois se for ver a fundo, ela é a versão pacífica da guerra.
Gosto de suas crônicas e espero que escreva outra sobre esse mesmo assunto. Para terminar, também gosto das meninas do vôlei, já a ginástica não é muito minha praia, mas vale ver as meninas. E por falar em menina, Gabrielle Andersen-Scheiss ainda mora na suíça.
André Al.
Quem tem que bater o recorde
Não perde tempo com a vida
Estimativa longa?
Isso é para os últimos
Cedo a vida
Cedo ao pódio
Cresci vendo, logo acima da TV de casa, um quadro metalizado estampado com o símbolo do Peixe, do Santos Futebol Clube. Por influência de meu Pai, que testemunhou boa parte da gloriosa história desse que é considerado o time do século XX nas Américas, também sou santista. Em 1984, com um gol do Serginho Chulapa, na final do campeonato contra o corinthians, o Santos sagrou-se Campeão Paulista, aumento ainda mais essa influência. Um dia após a conquista paulista, um pôster com o time que jogou aquela final fazia compania ao duradouro simbólico quadro metalizado do alvinegro praiano.
Tentando expressar essa minha paixão alvinegra, compus uma modesta, mas vibrante música, para embalar a torcida e incentivar mais ainda o Peixe, no decorrer de suas partidas. Segue abaixo:
Coração Alvinegro
Letra: André Alves
Salve o glorioso Santos
Verdadeiro campeão
O amor pela camisa existe
Meu time joga com paixão
No embate não se abate
E em campo vence a luta
Preenchendo a história com suas glórias
O time da virada
Na vila da vitória
Sempre vence com emoção
Transformando em alvinegro o vermelho coração!
Salve o glorioso Santos
Verdadeiro campeão
Poderoso da Vila Belmiro
Meu time joga por paixão
Trabalhando as bases
Ao Brasil da novos craques
Mantendo a tradição
Do futebol faz arte
O time da virada
Na vila da vitória
Sempre vence com emoção
Transformando em alvinegro o vermelho coração!
Salve o glorioso Santos!
Santos Futebol Clube - 1912
Hinos:
Hino Oficial do Santos Futebol Clube
Jornalista desde 1986, Ivan Zimmerman, há mais de 12 anos cobre a NBA (basquete), NFL (futebol americano), NHL (hockey) e MLB (baseball), além da Champions League (futebol) da UEFA. Cobriu as Copas do Mundo de 1994 pela Rádio Jovem Pan e de 2006 pela DirecTV. Participou da cobertura das Olimpíadas de 2004 pela Band Sports e continua no canal, agora narrando e comentando os jogos da NFL (o dito futebol americano).
Com a indignação a flor-da-pele, o jornalista faz uma comparação (se é que dá para comparar) do tratamento que é dado ao esporte (todos eles) nos Estados Unidos, e de como o mesmo assunto é tratado no Brasil. Os americanos fazem dele um grande negócio, não só empresarial, mas também social, e o usa como propaganda para promover o país. É só assistir a qualquer olimpíada para ver isso.
No Brasil o caso é bem diferente. A monocultura do futebol mostra como nós não sabemos valorizar as variadas modalidades esportivas. No futebol temos os melhores craques, mas todos jogando em outros países.
Outra modalidade brasuca que se destaca é o Volei de quadra Masculino. Tem uma seleção que, como poucas, em qualquer outro esporte, tem uma coleção de títulos invejável. Mesmo tendo todo esse destaque, segue o exemplo do futebol, que tem seus maiores jogadores atuando no exterior.
Os exemplos dados pelo jornalista mostra o quanto é importante fazer uma boa publicidade, qualquer que seja a modalidade esportiva, e de como o marketing, quando é bem feito, faz a diferença.
**Texto referente à palestra ministrada pelo jornalista esportivo Ivan Zimmerman – 28/11/07.