atrás da mesa
do canil hospitaleiro
o cão cego guiado pelo dono
perdigueiro colabora
com a rotina adestradora
e sempre em guarda defende
carimbos que abrem portas
formulários infindáveis
assinaturas que materializam
computadores coisificadores
cargos redentores
sorrisos que afagam e afogam
a matilha subordinada
no final da lida
volta à sua casinha
e rói o que lhe sobra
os ossos do ofício